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Síndrome dos Ovários Policísticos: o que é, como impacta a saúde da mulher e quais os caminhos do tratamento

  • Foto do escritor: Dra Júlia Cargnin
    Dra Júlia Cargnin
  • 2 de jun.
  • 3 min de leitura

Você já ouviu falar em Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)?

 

Síndrome dos Ovários Policísticos

Essa é uma disfunção hormonal que afeta muitas mulheres — e, apesar de ser comum, ainda é pouco diagnosticada e cercada de dúvidas. Estima-se que entre 6 a 10% das mulheres em idade fértil convivem com a SOP, e até 70% dos casos não são identificados corretamente. Isso porque seus sintomas podem ser variados e, muitas vezes, confundidos com outras condições.

 

Mas, afinal, o que é a SOP?

 

Entendendo a “síndrome”

A palavra síndrome significa um conjunto de sinais e sintomas que, juntos, caracterizam uma condição clínica. No caso da Síndrome dos Ovários Policísticos, é necessário preencher critérios diagnósticos — os mais comuns são:

 

• Irregularidade ou ausência de menstruação (amenorreia ou oligomenorreia)

 

• Sinais clínicos ou laboratoriais de excesso de androgênios (acne, oleosidade, aumento de pelos em locais como rosto, barriga ou costas)

 

• Presença de ovários com aspecto polimicrocístico ao ultrassom

 

Importante: nem todas as mulheres com SOP apresentam todos os sintomas clássicos. É possível, por exemplo, ter SOP sem obesidade ou sem os cistos visíveis ao ultrassom. O diagnóstico é individualizado e baseado no histórico clínico, exames físicos e laboratoriais.

 

O que causa a SOP?

 

A SOP tem origem em um desequilíbrio hormonal complexo, que envolve um desarranjo do microambiente ovariano. Isso leva à resistência à insulina e ao aumento na produção de androgênios (hormônios “masculinos”), afetando o funcionamento dos ovários e a ovulação.

 

Complexo? Sim. Mas entendendo bem, é possível controlar e ter qualidade de vida!

 

Sintomas e impactos da SOP

 

Cada mulher sente os efeitos da SOP de uma forma única, mas entre os sinais mais frequentes estão:

 

• Alterações menstruais: ciclos longos, ausentes, muito intensos ou irregulares

 

• Acne e pele oleosa

 

• Crescimento de pelos em locais indesejados (hirsutismo)

 

• Dificuldade para engravidar: devido à ausência de ovulação

 

• Ganho de peso ou dificuldade para emagrecer

 

• Sintomas emocionais, como ansiedade, queda da autoestima e depressão

 

Quais são os riscos a longo prazo?

 

A SOP não se limita à fase reprodutiva. Se não controlada, pode aumentar o risco de doenças a partir dos 50+:

 

• Diabetes tipo 2

• Hipertensão arterial

• Doenças cardiovasculares

• Dislipidemia (colesterol alto)

• Câncer de endométrio

 

Existe cura?

 

Não. A SOP não tem cura, mas tem tratamento — e os resultados podem ser excelentes. Sempre digo que mulheres com SOP precisam assumir um compromisso maior consigo mesmas.

 

Não existe fórmula mágica, mas sim um conjunto de estratégias que, aplicadas com constância, promovem bem-estar e saúde.

 

Como é feito o tratamento da SOP?

 

O tratamento é sempre individualizado. Pode incluir:

 

• Atividade física regular: especialmente exercícios aeróbicos de alta intensidade

 

• Alimentação com controle de carboidratos e índice glicêmico reduzido

 

• Medicações para reduzir a resistência à insulina, como a metformina ou inositol

 

• Uso de anticoncepcionais ou DIU hormonal, para regular o ciclo e controlar os androgênios

 

• Indutores de ovulação, em caso de desejo de gestação

 

• Acompanhamento psicológico, quando há impacto emocional importante

 

• Tratamentos estéticos para acne e hirsutismo, como laser ou medicações tópicas

 

O mais importante é: não ignore os sinais do seu corpo.

 

Se você apresenta algum dos sintomas descritos ou já recebeu o diagnóstico de SOP, busque acompanhamento com uma ginecologista de confiança. O diagnóstico precoce, o estilo de vida saudável e o tratamento contínuo são os pilares para controlar a síndrome e viver com saúde.

 

📌 Agende sua consulta e dê o primeiro passo. Seu corpo está sempre se comunicando com você — e a sua saúde merece atenção!


🩺 Dra. Julia Cargnin | Ginecologista

® CRM-GO 23.738 | RQE 12.536


 
 
 

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